quinta-feira, 26 de agosto de 2010



O silêncio que faz bem (Leia Provérbios 1 e 2, ou mais...)

“Escutem! A Sabedoria está gritando nas ruas e nas praças. Nos portões das cidades e em todos os lugares onde o povo se reúne, ela está gritando alto, assim: —Gente louca! Até quando vocês continuarão nesta loucura? Até quando terão prazer em zombar da sabedoria? Será que nunca aprenderão? Escutem quando eu os corrijo. Eu darei bons conselhos e repartirei a minha sabedoria com vocês. Eu chamei e convidei, mas vocês não me ouviram e não me deram atenção. Vocês rejeitaram todos os meus conselhos e não quiseram que eu os corrigisse” Provérbios 1:20-25.

Seria um pouco de maturidade parar e querer ouvir o que os outros dizem? Acho que sim... procurar saber mais, procurar conselhos sábios, mais conhecimento, opiniões diferentes. Conhecimento não se perde, é bom guardá-lo; informação é uma moeda valiosa e é muito mais estável. Eu pensei em escrever sobre a política esses dias, porque nos intervalos da faculdade tenho a oportunidade de ver um pouco do horário político. É vergonhoso o nível de baixaria que é aquilo, dá vontade de desistir de acreditar que alguém vai fazer diferença na política, esse monte de aspirantes a políticos precisam calar a boca! Geralmente quando ouvia algumas coisas bem ruins eu ficava quieto e hoje ainda prefiro não começar discussões, ou não levantar polêmica sobre assuntos, mas vejo que muita gente não pensa assim, tem que sair berrando e soltando um monte de bobagem. Desisti de falar de política. É bom ficar quieto, você apenas recebe informação. Falar, para quem acredita que tem algo a somar aos outros é muito bom, mas quem garante que o que eu tenho para falar sempre será útil?

Primeiro ponto: Parece que tem gente que não sabe ficar quieto! Uau! Como isso é verdade... quantas oportunidades de não falar bobagem são perdidas a cada dia? Se fosse contabilizado, o número seria assustador, certamente! Vejo isso nas minhas aulas, pessoas monopolizando o tempo que temos para ouvir coisas enriquecedoras, porém perdemos porque alguns insistem em ser demasiadamente participativos. Ontem eu tinha uma pergunta, escrevi num papel e entreguei para o professor, sei que ele me responderá com mais atenção. Não sei se isso acontece com todo mundo, acho q comigo até é pouco, mas às vezes sinto a necessidade de ouvir algo, alguma coisa que faça diferença. Geralmente nessa ocasião eu fico mais quieto, mais introspectivo. Não podemos pensar mais sobre o quanto nossas palavras são desimportantes em alguns momentos? O silêncio pode ser revelador, nele podemos ouvir coisas bastante sutis, que em meio ao barulho jamais seriam percebidas. É difícil entender isso? No domingo cantamos a música que está aí em cima (Palavras). Eu estava ouvindo novamente: “Eu poderia ficar a vida inteira ouvindo a Tua voz, tão doce!” é verdade!

Ponto dois: Pessoas precisam te ouvir! Ao mesmo tempo em que ficar quieto é algo bom, sabemos que pessoas precisam nos ouvir. Quanta coisa boa você pode compartilhar! Mas aqui cabe um profundo senso auto-crítico, e um filtro bastante apurado para julgar o que pode agregar valor a vida das pessoas e o que pode apenas ser mais palavras soltas por aí. Não estou sendo rigoroso, acho que há momentos de lazer e pessoas especiais, em que apenas jogar palavras fora é de grande valor. Algumas perguntas que ouço na sala de aula são bem úteis para mim, porque ouço pontos de vista diferentes e abrem-se novas dimensões de conhecimento. Não preciso dizer que o livro de Provérbios de Salomão é algo absurdamente rico em conselhos. Lê-lo em silêncio, pronto a ouvir o que o livro diz é muito bom! Se conseguirmos praticar aquilo tudo então seremos sábios de verdade. Encontrar o equilíbrio entre ficar em silêncio e ouvir, e falar o que é bom e necessário é um desafio que pode te tornar sábio, ou lhe fará passar muita vergonha se não entender essa relação, “Os sábios ganharão prestígio, mas os que não têm juízo passarão cada vez mais vergonha”. Não se incomode, muitíssimas vezes o silêncio pode ser o melhor som!