quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não importa o que eu faça, Deus continua sendo Deus (Leia Eclesiastes 1,2 e 3 e Jó 37)

Já pisei na bola, no meu propósito de postar uma vez por semana... como posso ser tão falho?! “Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio”, mas eu não sou o primeiro a escrever isso, foi Paulo, que escreveu aos Romanos. Não me irritei pelo blog, mas sim por causa da vida inteira ficar brigando com o que eu faço ou deixo eu de fazer! A atitude errada ou o a não-atitude são fantasmas que assombram a vida, mas pelo que parece, é algo bem comum, desde muito tempo antes do Apóstolo Paulo.

Na outra semana, no feriado, fui para um sítio, divertidíssimo! Mas num momento, mais tranqüilo, depois de dia e noite ligado, sentei numa cadeira ao lado da piscina e fiquei por minutos observando as nuvens, os pássaros, o vento... Vi como o ritmo desses elementos não se alteram, independem se eu durmo, acordo, grito, danço, escrevo no blog, me estresso, nada dessas coisas estão nas minhas mãos. Se você faz o que eu fiz, numa praia bonita, debaixo de uma árvore, fazendo uma trilha ecológica, ou mergulhando em alto mar, irá enxergar isso também, coisas funcionando como devem funcionar, para os ateus e agnósticos é difícil encarar a realidade que existe um motor que não é movido, a “Arché”, o princípio de todas as coisas: DEUS! Lendo o capítulo um de romanos fica claro o que tem acontecido “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram” (Romanos 1:20 e 21).

Sabemos do certo, o que devemos fazer, mas parece que fazemos questão de fechar os olhos. É o pecado que nos fecha os olhos, em todos nós o pecado habita. Sei que isso não é uma exclusividade minha, esse andar em círculos, o parecer não sair do lugar, tentar acertar, mas comumente voltar a estaca zero, o mundo girando e eu ainda caindo nos meus mesmos erros. Se houve alguém que poderia ter saído desse círculo vicioso, esse foi o mais rico e sábio rei, Salomão, filho do Rei Davi. Para surpresa de todos ele começa o livro dele com a frase: “grande ilusão!” Ué!? Eu que deixo tanta coisa importante por fazer, leio isso de alguém tão esforçado! Se os grandes esforços dele, para ele pareceram não servir de nada, piores são os meus então?! Comecei a compreender então que não são os meus esforços que mudam o mundo, mas sim os esforços do meu Deus, porquê de fato, sem ele nada somos e todo o universo é resultado dos esforços dEle.

A sabedoria dos grandes homens da Bíblia está em entender que a principal ação é confiar no Deus que tudo fez. Para Jó, construir uma vida boa, perder, e reconquistá-la foi totalmente resultado da dependência de Deus, aliada ao objetivo que era o próprio Deus “Jó, pare um instante e escute; pense nas coisas maravilhosas que Deus faz. Será que você sabe como Deus dá a ordem para que os relâmpagos saiam brilhando das nuvens?... Ensine-nos o que devemos dizer a ele, pois não somos capazes de pensar com clareza. Eu não teria o atrevimento de discutir com Deus, pois isso seria pedir que ele me destruísse”(Jó 37:15-20). Logo eu posso concluir que nenhuma atitude minha pode mudar o mundo do pecado e que caminha para a desgraça, mas sim atitudes de Deus em mim: Dependência de Deus; posso também entender que a única atitude que devo tomar é a minha ação em direção a Deus, e qualquer outra atitude será “ilusão” porque mais cedo ou mais tarde ela não terá mais a menor importância; isso deve soar como uma palavra de encorajamento, para que TUDO que for feito tenha como objetivo o reino de Deus, nos momentos de seriedade ou de diversão, a busca de sua felicidade e satisfação, deve ser para Deus, então tudo o que fizer será importante.

Fazer parte do plano de Deus, e ser um instrumento da ação de Deus no mundo é algo glorioso, muito além do que podemos esperar conseguir por nossas próprias forças. Davi, antes de ser rei, era um adorador, que soube reconhecer o lugar que Deus deve ter na vida, leia o salmo 19. Na igreja gosto muito de cantar “Aquele que põe fim às minhas guerras é o mesmo que põe limites no mar, Aquele que faz meu coração se acalmar é o mesmo que faz a estrela brilhar, Aquele que me dá motivos pra viver, é o mesmo que não deixa o dia e a noite falhar”.